sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

A ELEGÂNCIA DO COMPORTAMENTO NO MOTOCICLISMO.

Existe uma coisa difícil de ser ensinada e que, talvez por isso, esteja cada vez mais rara: a elegância do comportamento. É um dom que vai muito além do uso correto dos talheres e que abrange bem mais do que dizer um simples obrigado diante de uma gentileza.

É a elegância que nos acompanha da primeira hora da manhã até a hora de dormir e que se manifesta nas situações mais prosaicas, inclusive quando pilotamos nossa motocicleta.

É uma elegância desobrigada, um gesto ao ser auxiliado numa ultrapassagem, um cumprimento e um sorriso no pedágio, um leve toque de buzina e cumprimento de mão aos guardas rodoviários também não custa nada.

É possível detectá-la nas pessoas que elogiam mais do que criticam, nas pessoas que escutam mais do que falam e quando falam, passam longe da fofoca, das pequenas maldades ampliadas no dia a dia.

Quando nas estradas cruzamos ou ultrapassamos um companheiro motociclista não custa um aceno de simpatia ou um toque de buzina, mesmo que ele pilote uma 125 cc.

Numa viagem com amigos ou simples conhecidos é possível detectar elegância nas pessoas que não usam um tom superior de voz ao se dirigir aos frentistas e garçons.

Nas pessoas que evitam assuntos constrangedores, porque não sentem prazer em humilhar os outros. É possível detectá-la em pessoas pontuais.

Elegante é o motociclista que demonstra interesse por assuntos que desconhece, se preocupa com a manutenção da motocicleta do companheiro, com sua bagagem, é quem cumpre o que promete. É elegante não ser espaçoso demais nem querer ser líder por vontade própria. É elegante não mudar seu estilo apenas para se adaptar ao de outro, é muito elegante não falar de dinheiro e de viagens desconhecidas dos demais em bate-papos informais.

É elegante retribuir carinho e solidariedade.

Uma potente moto tinindo de nova, um belo sobrenome, experiência em grandes quilometragens e nariz empinado não substituem a elegância de um gesto.

Não há livro que ensine alguém a ter uma visão generosa do mundo, a estar nele de uma forma não arrogante. Os motociclistas de um modo geral são solidários, leais, amistosos.

Ser elegante é desenvolver em si mesmo a arte de conviver, que independe de status social e das cilindradas da motocicleta. Se os companheiros de jornada não merecem certa cordialidade, os inimigos é que não irão desfrutá-la. Educação enferruja por falta de uso.

E, detalhe: isso tudo não é frescura, é apenas A ELEGÂNCIA DO COMPORTAMENTO NO MOTOCICLISMO.

domingo, 19 de junho de 2011

Rodando no Sertão

Junho 2011.
Allycats na estrada, para visitar o gatão velho (pai), no sítio, em Itapetim, PE.
Viagem gostosa, estradas relativamente boas.

 
Antes, uma passada em João Pessoa, onde Daniboy Blues foi negociar a nova "holidays".

 
Depois do negócio fechado, rumo ao sertão, via Campina Grande, BR 230, tranquila.


 André.

Daniboy Blues: Corpo pilotando a moto antiga. Cabeça na HD 883 nova.
Presta atenção na estrada...

 
Pedra do Tendó, Teixeira, PB.

Pico do Jabre, altitude 1197m, Maturéia, PB.

 
Esticada ao Ceará (ou quase...)

 Cedro, PE: O Pote e o Pente em cima do espelho: uso coletivo... Servido?

 
Por do Sol no Sertão. Indescritível!!!

Noite Agradável

 
Preparando para a volta.

 
Na volta, parada para esticar.

Taperoá, PB. A Pedra do Reino do Ariano, ao fundo.

Balanço: pouco mais de 1000km rodados, sem maiores incidentes, com a graça de Deus.
Corpo cansado. Alma Renovada.
Todos Felizes e já pensando na próxima.


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sexta-feira, 17 de junho de 2011

Motociclista Sempre Corre Riscos

Pilotar motocicleta entre o céu e o asfalto é correr risco de não ter tempo pra mais nada.
Pegar a estrada com irmãos de fé e destino é correr risco de não querer voltar mais.
Ajudar um motociclista na estrada é correr risco de conquistar sua amizade e cumplicidade para sempre.
Contar as tuas histórias de motociclista pra outrem é correr risco de libertá-lo de uma escravidão e transformá-lo em motociclista.
Defender teus sonhos e ideais no motociclismo é correr risco das pessoas entenderem porque elas fazem terapia.
Seguir a tua paixão sem medir pequenas consequências é correr risco de se livrar de um monte de grandes consequências.
Viver a todo momento sobre uma motocicleta é correr risco de não conseguir mais sair de cima dela.
Estar de motocicleta numa estrada desconhecida é correr risco de descobrir gente e lugares que jamais esqueceremos.
Vida sem riscos não faz sentido, sem muito sentido é viver a vida sem riscos.
É possível viver a vida sem correr nenhum risco, sem risco entre sonho e pesadelo, sem risco entre confiança e insegurança, sem risco entre atenção e desprezo, sem risco entre existir e vegetar, sem risco entre nada.
É possível viver a vida sem correr nenhum risco, pra evitar sofrimentos e desilusões, mas que só evitam riscos, e grandes oportunidades.
De sentir, de aprender, de mudar, de crescer, de amar, de viver.
Corram riscos de motocicleta, mas não com a motocicleta.
Façam as tuas escolhas e boa viagem.


Original no Motonline:
http://www.motonline.com.br/motociclista-sempre-corre-riscos/

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011