quinta-feira, 14 de novembro de 2013

A DOUTRINA DOS MOTOQUEIROS

Publicado em 30 de outubro de 2013 no site Old Dog Cycles

Link: http://olddogcycles.com/2013/10/a-doutrina-dos-motoqueiros.html 

Já faz um tempo que está circulando na internet um texto chamado “The Biker’s Creed”, por isso decidi fazer uma tradução dele para que mais pessoas possam ler. E antes que alguém me encha o saco pelo uso da palavra motoqueiro, além de recomendar a leitura deste post aqui, gostaria de lembrar que a palavra biker se traduz como motoqueiro em português, não adianta chorar, espernear ou gritar.


A DOUTRINA DOS MOTOQUEIROS



Eu piloto porque é divertido.

Eu piloto porque gosto da liberdade que sinto ao estar exposto aos elementos, e ao perigo que faz parte do ato de pilotar.

Eu não piloto porque é fashion e está na moda.

Eu piloto a minha máquina, mas não a visto como uma roupa. Minha moto não é um símbolo de status. Ela existe apenas para mim, e para mim somente.

Minha máquina não é um brinquedo. É uma extensão do meu ser, e eu vou tratá-la de acordo, com o mesmo respeito que eu tenho por mim mesmo.

Eu me empenho em tentar entender o funcionamento da minha máquina, do item mais simples ao mais complexo. Eu vou aprender tudo o que puder sobre a minha máquina, para que eu não precise contar com ninguém mais além de mim para manter sua saúde e bem-estar.

Eu me esforço para melhorar constantemente o controle sobre a minha máquina. Irei aprender os seus limites para que possamos nos tornar um só, e assim manter nós dois vivos na estrada. Eu sou o mestre, ela é a serviçal. Trabalhando juntos em harmonia, seremos um time invencível.

Eu não irei temer a morte. Mas irei fazer todo o possível para evitar uma morte prematura. Medo é o inimigo, não a morte. Medo na estrada leva à morte, é por isso que não deixarei o medo me dominar. Eu irei dominá-lo.

Minhas máquinas viverão mais do que eu, elas serão meu legado. Eu cuidarei delas para que futuros motoqueiros possam estimá-las como eu as estimei um dia, sejam eles quem forem.

Eu não irei pilotar para ganhar atenção, respeito ou medo daqueles que não pilotam. Nem desejo intimida-los ou perturba-los. Para aqueles que não me conhecem, tudo o que eu desejo é que eles me ignorem. Para aqueles que querem me conhecer, eu vou compartilhar a verdade sobre mim, para que eles possam me entender e não temer outros como eu.

Eu nunca serei o agressor na estrada. No entanto, se provocado, irei lidar com a provocação de acordo.

Eu mostrarei meu respeito com os motoqueiros mais velhos ou com mais conhecimento do que eu. 

E tentarei aprender com eles o máximo que puder. No entanto, se o meu respeito não for apreciado ou correspondido, ele irá acabar.

Eu não serei desrespeitoso com outros motoqueiros menos experientes ou com menos conhecimento do que eu. Irei ensinar para eles o que puder. No entanto, se eles forem desrespeitosos comigo, levarão uns tapas.

Será minha tarefa ser o mentor de novos pilotos, se assim eles quiserem, para que a nossa espécie continue. Eu irei instruí-los, assim como fui instruído por aqueles antes de mim. Eu deverei preservar a honra e as tradições dos motoqueiros, e as passarei para frente inalteradas.

Eu não irei julgar outros motoqueiros pela escolha de suas máquinas, pela aparências ou profissão. Eu irei julgá-los apenas pela suas condutas como motoqueiros. Eu tenho orgulho das minhas conquistas, mas nunca irei me gabar delas perante aos outros. Irei dividi-las com os outros apenas se for perguntado.

Eu vou estar sempre pronto para ajudar outro motoqueiro que realmente precise da minha ajuda. 

E eu nunca vou pedir para outro motoqueiro fazer algo que eu possa fazer sozinho.

Eu não sou um motoqueiro de meio-período. Eu sou um motoqueiro em qualquer lugar que eu vá. 

Eu tenho orgulho de ser motoqueiro, e não escondo a minha escolha de vida de ninguém.

Eu piloto porque amo a liberdade, independência e o chão se movendo sob os meus pés. Mas acima de tudo, eu piloto para me conhecer melhor, minha máquina e os lugares por onde passo.

- Autor Anônimo -

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